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Artigo publicado em 12/02:

Estamos fazendo endomarketing?

Quem nunca ouviu falar ou até mesmo conferiu como é descontraído o ambiente de trabalho de algumas agências de publicidade ou de estúdios e empresas como, por exemplo, Google. Mesas de ping pong, vídeo-game, camas, lanches e música. Quem trabalha num lugar desses não quer voltar para casa. Ou seja, fica mais contente mesmo passando longas horas de sua vida ali, trabalhando (noutras palavras, também se divertindo).

 

Isto é endomarketing na veia. É "motivar" e "encantar" o público interno (endos), o capital humano da empresa. É manter quente e acesa a chama motivacional do funcionário. Fala-se até mesmo no "ócio produtivo" como uma pausa propulsora no dia de um colaborador, essa é a visão Google e em estúdios criativos. Algo que rompeu com o funcionalismo ou com a ideia meio "minion" que se tinha do trabalho. Coisa de gringos inovadores? Na verdade, não.

 

O conceito, definição, difusão da prática e apresentação ao mundo como uma ciência de gestão corporativa vieram da mente de um brasileiro. Saul Bekin criou o termo endomarketing em 1986, defendendo a ideia de que o endomarketing visa estabelecer um processo de trocas que construa lealdade no relacionamento com o público interno. Um brasileiro. Saul Bekin está para o endomarketing assim como Kotler está para o marketing, Peter Drucker para a administração, Timoshenko para a engenharia, Skinner para o behaviorismo e Hipócrates para a medicina. E o quê Bekin fez? Pegou os conceitos de Kotler, os injetou no ambiente interno corporativo e institucional e os expandiu. Hoje em dia é possível implementar inclusive o endomarketing digital, com auxílio de bots, API's e AI inferenciais, via intranet ou fanpage da companhia, por exemplo. Os benefícios e usos que se anunciam são muitos:

 

  • Engajar os colaboradores

  • Fortalecer a cultura organizacional

  • Promover o alinhamento estratégico da empresa

  • Reduzir o Turnover

  • Promover a integração dos funcionários

  • Divulgar benefícios

  • Reconhecer boas performances e premiar colaboradores

 

 

Para explorar mais o assunto e realizar ações efetivas para promover a comunicação, o senso de pertencimento e responsabilidade em cada um dos indivíduos, um simples portal ou chatbot para o colaborador é capaz de mensurar, linguisticamente, a atitude do público interno para com a empresa, através do endomarketing digital.

 

Bekin criou uma ciência e tanto. Mas poucos sabem disso. Nem nas universidades, nos cursos de comunicação social, psicologia ou administração, pouco se aborda o endomarketing. Nos falta mais orgulho e... endomarketing!

 

E falta numa maneira geral. Até mesmo em termos abrangentes. Preferimos elogiar os países mundo a fora, que tiveram todos os séculos para errarem e se aprimorarem até se tornarem um país agradável, pensando em abandonar nosso barco chamado Brasil, ao invés de ver o quanto ainda somos jovens como democracia e nação. Um jovem precisa construir algo para usufruir na velhice. Mas se abandonarmos o navio, como desenvolveremos nosso próprio país? É como desejar que uma empresa cresça. Mas sem nenhum capital humano. Sem pessoas boas por aqui, desenvolvendo, estaremos todos à deriva.

 

Talvez saibamos fazer endomarketing, mas aquele que não valoriza o que possui e que inveja o gramado do vizinho. Temos que nos voltar para nosso endos interior e valorizá-lo, para que se desenvolva. Lembra da ordem dada ao capitão do Costa Concórdia durante a tragédia na Itália?

"Vá à bordo! Vá à bordo!"

 

Abaixo, deixo uma divulgação de algumas empresas líderes em endomarketing listadas pelo blog Pointsrocket.com e uma conferência de Saul Bekin, o pai do endomarketing, neste link: 

 

https://www.youtube.com/watch?v=xhejR0mEEXE

 

Abraços!

 

 

Empresas que mandam bem no endomarketing:

 

Brandili  

A Brandili é uma empresa de roupas infantis que através do programa Valeu!, a fabricante estimulou a troca de elogios por boas ações.

O projeto melhorou o clima organizacional da empresa, assim como diminuiu o número de demissões em 20%. Promoveram também votações para os melhores funcionários, que então eram reconhecidos pela diretoria e passaram a utilizar um uniforme diferente, de “gente que faz a diferença”.

 

Citibank 

O Citibank é uma empresa global com experiência em atendimento ao cliente, realizou uma campanha de motivação, o projeto Sou Mais Citi, que inicialmente seria apenas no Brasil, teve tanto sucesso que se expandiu para outros países da América Latina.

Sem revelar o motivo para seus funcionários, a empresa os fotografou com a mão no peito e depois utilizou as fotos como material publicitário e para a comunicação interna. A medida alegrou os colaboradores, que ficaram surpresos.

A campanha fez tanto sucesso que foi implementada em outros países!

 

Fiat 

A Fiat é uma fabricante de carros que acredita no endomarketing e trata seus funcionários como seus primeiros clientes: eles são os primeiros a fazerem testes-drive. A empresa preza pela família de seus colaboradores e oferece festas de debutantes e de bodas de casamento.

O grupo Fiat desenvolveu também uma plataforma virtual para comunicação interna, com estatísticas, promoções e contato direto com o Presidente da empresa.

 

Golden Cross 

A Golden Cross é uma empresa que trabalha com planos de saúde.

Logo que o grupo Golden notou a necessidade de um engajamento maior de seus colaboradores, investiu em um programa de recompensas para seus corretores que tiverem o melhor desempenho, para aumento das vendas e resultados.

Perceberam que uma vez que o colaborador se sente mais motivado e satisfeito com o lugar que trabalha, diminuia-se o tempo de procrastinação.

Além de investirem em premiação, como, eletrodomésticos e distribuição de prêmios de até 70 mil reais para que os corretores pudessem investir em sua casa própria!

 

Magazine Luiza  

A Magazine Luiza é uma rede de vendas nacional, que apostou na descentralização do poder para conseguir ter uma administração mais participativa.

Desenvolveram programas de incentivo, de reconhecimento, de motivação e treinamentos. Familiares também possuem espaço aberto na empresa.

 

MRS Logística 

A MRS Logística é uma operadora ferroviária de carga e está entre as maiores ferrovias de carga do mundo.

A empresa fez uma pesquisa para saber como estava a comunicação com os colaboradores e com o resultado, foi criado o planejamento de endomarketing. E então, o grupo MRS implantou o programa Seu orgulho, nossa força, com o objetivo de aprimorar seus canais de comunicação interna para despertar o orgulho de pertencer nos funcionários.

Como resultado, aumentou a felicidade e a satisfação dos colaboradores, assim como houve uma diminuição de 47% de acidentes ferroviários e em 58% acidentes de trabalho.

 

Portobello 

A Portobello é uma fabricante de revestimento cerâmicos que tinha o desejo de aumentar o engajamento de seus funcionários.

A empresa apostou no endomarketing para divulgar o plano de carreira da empresa, chamado Programa de Desenvolvimento e Crescimento. Eles desenvolveram histórias em quadrinhos que mostravam o processo de evolução na carreira, assim como um jogo de tabuleiro que seguia as regras das carreiras.

 

Toyota 

A Toyota é um fabricante de carros que aposta na criatividade dos funcionários, colocando em prática várias ideias vindas dos próprios colaboradores.

Essas ações fizeram que a Toyota se transformasse referência mundial por trabalhar o relacionamento da empresa com seus colaboradores de forma positiva.

Os colaboradores apresentam novas propostas e ideias que são colocadas em prática anualmente.

Novos funcionários passam por treinamentos de cinco meses para conhecer a cultura Toyota, assim como a fabricação de carros e os desejos dos clientes. Investe também em treinamentos, palestras motivacionais e incentivos aos colaboradores.

E além disso, o grupo Toyota oferece treinamentos de capacitação para cada vez engajar mais seus colaboradores.

 

WiseUp 

A WiseUp é uma rede de escolas de idiomas que com o jogo Hunting Winners, espécie de game que estimula os funcionários a captarem novos alunos para a rede de escolas, a empresa tinha o intuito de engajar, integrar e mostrar a importância de cada colaborador.

Os melhores vendedores eram reconhecidos em um evento nacional, transmitido para toda a rede e tornavam-se famosos dentro da empresa.

Por fim, é necessário entender que um colaborador feliz resulta em uma empresa feliz. Afinal, a motivação e produtividade são otimizadas e isso transforma os resultados no fim do mês."

 

 

Alista acima foi tirada de:

https://www.pointsrocket.com/2016/08/19/10-empresas-que-mandam-bem-no-endomarketing/

Conto e Roteiro de Fantasia:

 

Os Dragoes de Terrasboas

 

 

CAPITULO I 

  

No grande continente de Terrasboas, reinava Fedalto, que desenvolveu um plano para domesticar os ferozes Dragões que rondavam as cidades aterrorizando os seus habitantes. Um Dragão normalmente tinha mais de 10 metros de comprimento, o que dificultava a sua captura. Por esse motivo, o Rei se reuniu com diversos feiticeiros famosos, oferecendo cargos reais, riquezas e titulos nobres para aqueles que cooperassem com o seu plano. Naquele tempo, diferente do que habitualmente espera-se, os dragões não cuspiam fogo, mas algumas lendas antigas os descreviam dessa forma. E Fedalto agora, com a ajuda de todos, desenvolveu um poderoso sonifero mágico que poderia anestesiar os Dragões se fosse servindo numa carcaça de cervo. A tática era deixá-la embebida, de maneira que servisse de isca.

 Um dragão foi capturado! Venham!   Gritou um homem encarregado de vigiar a floresta dos Dragões, tão apressado e desesperado que derubava as mercadorias das tendas dos comerciantes. 

 

Aproximadamente cem homens apareceram diante do Dragão que havia sido anestesiado e o Rei Fedalto observava o seu plano através da bola de cristal de um feiticeiro que era seu servo. 

- O plano é um sucesso! Um sucesso! – Exclamou Fedalto derramando lágrimas de felicidade. 

-Sim! Está tudo correndo conforme o planejado! – Disse seu feiticeiro pessoal.

 

 

Fedalto saiu da companhia do mago, já ordenando que preparassem seu discurso na praça central.

Os cem homens amarraram cordas no enorme Dragão capturado, que media cerca de seis metros, relativamente pequeno e mais frágil do que os encontrados em raras ocasiões, para arrastá-lo ao local combinado a fim de executar a segunda parte do plano.

-Puxem, puxem! Está dando tudo certo, finalmente capturamos um Dragão! O Rei irá ficar muito contente com a nossa captura!   Gritava o encarregado da vigia para os homens que arrastavam o Dragão.

Todos estavam muito entusiasmados, nunca na história da humanidade um Dragão havia sido capturado vivo. Sentiam-se como se estivessem marcando a história com esse feito. Mal sabiam o grande erro que estavam cometendo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPITULO II

  

Chegando à cidade principal, onde se situava o Reino de Fedalto, os habitantes da cidade não acreditavam no que viam. Aproximadamente cem homens puxando o Dragão com cordas. De repente a cidade inteira se exaltou, o clima era de comemoração, o nome do Rei era pronunciado diversas vezes em voz alta, seu status havia se elevado de uma forma descomunal, mesmo já sendo o Rei daquele continente. 

– Ajudem, ajudem-nos! Vamos levar o Dragão para o castelo do Rei! – exclamavam os habitantes da cidade. 

Grande número de voluntários uniu-se aos cem homens para levar o Dragão ao Rei, formando um alucinado cortejo que bradava o nome de Fedalto. 

– Eu vejo destruição, eu vejo morte, eu vejo o fogo do inferno! Vamos todos morrer, vamos todos morrer! – gritava Shirley. 

Shirley era uma alcoólatra da cidade, mãe de uma adolescente chamada Edna. Ela dizia ser vidente, mas suas previsões nunca se concretizaram. Sua carreira entrou em decadência e ela começou a embriagar-se. Ninguém dava atenção a ela. Era apenas uma bêbada enferma que vivia pedindo esmolas na cidade. Outrora, fora casada com um cavaleiro que comandava uma das tropas do rei e, quando Edna era um bebê, Shirley contava todas as noites enquanto a segurava no colo, em frente à lareira de sua antiga casa: 

“... Sim, seu pai foi um bravo herói que comandava as tropas do rei nas expedições de captura de dragões; na sua última missão de caça ele chegou totalmente machucado e irreconhecivel, parecia louco, gritava e parecia não perceber minha presença, tentei acalmá-lo fazendo amor com ele... Foi assim que você nasceu. Você foi a única coisa que me restou, até hoje não entendo por que ele se suicidou!” 

O que Shirley não contou à filha foram as últimas palavras de seu amado: 

– MONSTRO! FOGO! 

O tempo passou... 

 

 

 

Edna era, aparentemente, uma garota comum com seus 17 anos, exceto por um detalhe: o olho esquerdo de Edna nunca se abriu. Era possivel notar a existência de um globo ocular que pudesse se mexer juntamente com o olho direito, mas por mais que seus parentes tentassem forçar sua abertura, as pálpebras não se descolavam. 

 

 
Outra peculiaridade de Edna era o seu fascinio por animais, principalmente os répteis. Ficava horas e horas na floresta e acreditava que os répteis também gostavam dela. Para levar alimentos para casa, ela decidiu trabalhar como serviçal no castelo do Rei. 

  

  

  

  

  

  

  

  

  

CAPITULO III 

  

Naquele momento foi anunciado que haveria um pronunciamento real. Todos se calaram ansiosamente para ouvir o que o Rei tinha a dizer. 

– Vamos todos morrer! Eu vejo a morte! É o apocalipse! – Continuou gritando Shirley no meio do silêncio absoluto. 

Ameaçada pela espada do guarda, Shirley calou-se e o sinal para o pronunciamento foi dado. 

– Povo de Terrasboas! Como podem ver, este é um momento histórico para a humanidade,  pois após séculos de tentativas fracassadas, conseguimos o inimaginável! Sim! A captura de um dragão, graças a todo o planejamento feito por mim, vosso Rei todo poderoso. Todo o sangue derramado durante esses séculos não foi em vão. Agora essas criaturas serão adestradas e domesticadas! Fugirão de nós como ratos! Em breve, todos... 

– Esse é o inicio do fim! Não sobrará nada desta cidade e nem deste reino! – Gritou Shirley desesperada como um cão raivoso, interrompendo o discurso do Rei. 

– Se a senhora continuar, será considerada inimiga do Rei! Todos os que desrespeitam o Rei são considerados inimigos e serão tratados como tal! 

– Mas vamos todos morrer, o fim está próximo! 

– Já chega! Este é o último aviso! 

– Estamos todos mortos, é o fim! Eu vejo o fim! 

O Guarda, enfurecido, tirou a espada de sua bainha e a apontou para Shirley. 

– Você ai, pode silenciar essa bêbada barulhenta – Disse o Rei. 

Antes que Edna, sua filha, servindo à tira colo ao rei e seus súditos, pudesse se manifestar, em um movimento rápido e brusco o guarda cortou a cabeça de Shirley. 

– Não, não, não, nãaaaao! Mãe, mãaaae! – Gritou Edna. 

Enquanto o povo, que era fiel ao Rei, aplaudia a sua atitude, Edna desesperada começou a golpeá-lo com todas as suas forças. 

– Ela está agredindo o Rei! – Disse um cidadão. 

– Mate essa vadia, acabe com ela também! – Gritou outro cidadão. 

– Você é um monstro, um monstro! Eu vou te matar! Nunca vou te perdoar! – Gritava Edna. 

O Rei, rapidamente, deu um pontapé em Edna que caiu inconsciente. Apressadamente ajeitou suas vestimentas, voltou-se para o público, pediu perdão pelo incômodo e reiniciou o seu discurso. 

– Então, voltando ao discurso, gostaria de dizer que esse marco histórico representa a nossa vitória contra os Dragões! Nós de Terrasboas somos superiores, esse dia será lembrado para sempre como o dia em que... 

Antes que o Rei pudesse terminar de falar, algo inesperado aconteceu. 

  

  

  

CAPITULO IV 

  

Um enorme vulto passou por entre as nuvens, vindo do horizonte logo à frente do Rei.  O povo só notou a sombra de costas e um grande calor tomou conta do ambiente. No meio do pânico de toda multidão, prevalecia o silêncio do Rei. O maior brado, dessa vez, foi emitido pelo dragão capturado, que passava a se debater no centro da praça onde se encontrava preso, em exibição. Seu grunhido era agudo e ensurdecedor. O Rei, agora, pôde identificar do que se tratava: um gigantesco dragão como nunca visto, se tornava visivel com o desmanchar das nuvens. Sua coloração não se igualava a nenhum outro que se conhecia. Era algo de diferente, um dragão incomum. Era o pai daquele filhote capturado que, com o elevar dos seu grunhido, o atraiu com ainda mais fúria. Isso era o que o Rei via à sua frente, pois o povo, com um outro ângulo de visão, pôde também avistar um  segundo enorme dragão.  Ambos eram aproximadamente do tamanho da torre do castelo. 

Com todo esse alvoroço e principalmente com os ruidos do dragão filhote, Edna recobrou os sentidos, meio confusa. Ela não entendia direito o que estava acontecendo. 

Os guardas que seguravam o filhote perderam o controle da situação, desesperados com a presença dos dois dragões e também com outro menor fazendo tanto barulho.  O mesmo guarda que decapitou Shirley, fincou a mesma espada na cabeça do dragãozinho, de baixo para cima, ficando a metade da espada para fora do crânio.  Ao mesmo tempo, jorrou uma enxurrada de sangue. Quase que instantaneamente o animal desfaleceu e caiu, sendo segurado pelas correntes. Uma coisa jamais vista aconteceu: o corpo dele começou a pegar fogo e a desintegrar-se, porém não havia fumaça alguma mas sim uma espécie de espectro, que entrava por todos os orificios do guarda que acabara de assassiná-lo, fazendo-o cair de joelhos, sem expressão em sua face.   

Tanto o rei quanto alguns poucos nobres que estavam próximos, se recordaram rapidamente das histórias antigas, contadas pelos seus antepassados, de que quando um ser humano acabava com a vida de um dragão, sua alma era absorvida pelo mesmo e que as gerações posteriores dessa mesma pessoa, nasceriam com caracteristicas de dragão, embora ninguém conhecesse alguém que poderia ter matado um. 

 No mesmo instante, o Rei se deu conta da besteira que o homem acabara de fazer e gritou até perder a voz. 

–  NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO!!! 

Mas o seu grito foi abafado pelo pânico geral. E o pior ainda estava por vir. 

  

  

  

  

  

  

  

  

  

CAPITULO V 

  

Os Dragões haviam dominado a cidade. A destruição era total. O pânico parecia não ter fim. Edna, que havia acabado de recobrar a consciência, sentiu um incômodo em seu olho esquerdo, mas se sentia confortável. Ela era a única pessoa que não havia entrado em pânico, mesmo avistando os Dragões após recobrar os seus sentidos. 

De repente, os Dragões começaram a cuspir fogo na direção do Rei, mas o guarda que havia acabado de assassinar o Dragão menor se jogou na frente dele afim de protegê-lo e foi completamente carbonizado. 

O Rei não sabia mais o que fazer. Estava completamente sem reação enquanto os dois dragões cuspiam fogo por toda a cidade, aniquilando praticamente todos os seus habitantes. O incômodo no olho esquerdo de Edna começou a ficar maior. Ela se sentia como se suas pálpebras estivessem se rasgando, mas estava tranquila. Seus instintos lhe diziam que aquilo era algo natural, como se estivesse habituada com esse tipo de situação, como se antes já tivesse visto os Dragões. 

As pessoas na cidade suicidavam-se com qualquer tipo de objeto que encontravam pela frente. Alguns diziam que a previsão de Shirley estava correta e se arrependiam de ter confiado naquele Rei. Fedalto havia perdido toda a sua credibilidade. Seu Reino estava completamente perdido. Seria este o seu fim? 

As pessoas ainda vivas estavam sendo carbonizadas aos poucos. Edna, que estava tranquilamente assistindo à cena de destruição total, esboçou um leve sorriso e olhou para o Rei que estava paralisado de medo. 

– O que é isso no seu olho? – perguntou o Rei assustado. 

– É, estou tendo uma sensação estranha, mas isso é muito divertido, estou pressentindo que algo interessante está para acontecer – disse Edna sorrindo. 

O Rei estava completamente paralisado, as pálpebras de Edna começaram a se desfazer revelando o que estava escondido por todos esses anos. 

– Mas o que é isso? Você tem um olho de réptil! Isso é um olho de Dragão!? Por acaso você é filha de um matador de Dragões? – perguntou o Rei assustado. 

Nesse exato momento, Edna conseguiu se lembrar das histórias que sua mãe lhe contava quando era bebê. Seu pai realmente havia exterminado um Dragão. 

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

CAPITULO VI 

  

– Agora eu estou entendendo tudo... então a lenda é real... você é filha de um exterminador de Dragões mesmo! 

O Dragão fêmea se aproximou do Rei e de Edna. Neste momento a cidade inteira já havia sido exterminada. Só restavam ruinas e chamas. 

– Então todos estão mortos... por  que  você ainda está vivo Fedalto? Sabe de uma coisa? Já que nós também vamos morrer acho que vou me divertir um pouco com você. Afinal, você merece pagar por tudo o que me fez. 

– Você não passa da filha de um matador de dragões, apenas isso. Olhe como está a situação da cidade, todos estão mortos, o que mais você pretende fazer? De qualquer forma você nasceu para sofrer, você teve o que merecia, vai morrer do mesmo jeito que todos, mas eu tive um reinado de sucesso, você não passa de lixo! 

O Dragão fêmea já estava bem próximo dos dois, pronta para exterminá-los. Quando estava prestes a cuspir fogo, Edna o encarou olho a olho e o Dragão se conteve. 

– Mas o que está acontecendo, por que ele parou? – perguntou o Rei. 

Edna também não sabia e permaneceu em silêncio. O Dragão macho também se aproximou e, após olhar nos olhos de Edna,  também parou. Aquele breve momento era como se o tempo tivesse congelado. Era possivel ouvir os grandes corações dos dragões batendo em ritmo acelerado. O coração de Edna parecia estar sincronizado ao deles. O Rei, sem entender nada, tentou fugir, mas os rugidos dos Dragões o paralisaram de medo após a tentativa de fuga. 

– Agora eu entendo, eu sou parte deles, eles não podem me atacar. 

Edna seguia lentamente em direção ao Rei, que também já havia percebido a situação. 

– Edna! Tenha piedade! Por favor, me perdoe! Eu faço tudo o que você quiser, mas, por favor, me poupe! 

Ela deu um pontapé semelhante ao que havia recebido pelo Rei quando entrou em desespero pela morte de sua mãe, mas o Rei não ficou inconsciente. 

Rapidamente, o Dragão macho se abaixou para que ela conseguisse subir em suas costas e levantou vôo. 

O segundo Dragão, com suas enormes garras conseguiu segurar o Rei sem lhe causar ferimentos e também levantou vôo. 

– Para onde estão me levando? O que está acontecendo? 

– Você verá! – Disse Edna. 

Após alguns minutos, era possivel avistar uma grande montanha com vários dragões voando ao seu redor, algo surpreendente até para Edna. Mas ela foi levada para algum lugar misterioso e o Rei foi colocado em um grande ninho de Dragões famintos. 

  

  

  

 

 

 

 

 

  

  

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO 

FACULDADE DE TECNOLOGIA EM JOGOS DIGITAIS 

  

LUIZ  CARLOS  ZEFERINO – RA00155182 – JOG – MA 1A 

  

  

  

  

  

  

FANTASIA: “OS DRAGÕES DE TERRASBOAS” 

  

  

  

  

                                               

  

                                                            Disciplina: Narratividade em Games 

                                                            Professor: Fábio Fernandes da Silva 

  

  

SÃO PAULO 

21 DE MAIO DE 2014 

 

 

 

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